O sentimento invisĂ­vel

O enorme vazio nunca Ă© preenchido, nĂŁo importa o quanto tenhamos , ainda sim, ele permanece sempre meio vazio....

A dor da mágoa e da revolta me consome...
Passo cada segundo sozinha com as nostálgicas lembranças do passando, uma vontade de gritar, de falar tudo que está guardado dentro de mim....
Enquanto lá fora sou colocada como a pior, a inútil, a ovelha negra da família...
Diante do precipĂ­cio....
Ouço a voz do meu filho a clamar para que eu volte ... Volte ... Volte

Enquanto o desejo pulsa diante de mim para que eu salte e assim me liberte da dor que está se tornando cada dia mas insuportável... Já não consigo esconder e nem mas ludibriar as pessoas com minha falsa felicidade...
Enquanto dentro de mim pede socorro...
Enquanto estou serena ... lá dentro está a tempestade...
Sinto como se fosse arrastada para um poço de piche onde estou sendo devorando a cada milésimo de segundo para dentro dele...

Já não suporta tanta amargura, tantas mágoas
Tenho vontade de gritar 
Hipócritas! Malditos! Desgraçados!
Mas engoli cada palavra....
E faço delas meu alimento
A cada palavra escrita derrama-se uma lágrima sobre meus olhos

Roubaram minha vida
Arruinaram meu futuro
Destruirá meus sonhos
Piram na minha infância
E mentiram sobre tudo...

És aqui ....
Arranquem as cabeças!
Sejamos uma vez na vida realistas
Qual a sua parcela de culpa na minha morte?
O suicídio nada mas é que o limite entre o suportado e o insuportável
A porta da fulga do peso pra os desesperados...

NĂŁo existe socorro!
Nem luz no final do tĂşnel...
Passei por 30 décadas esperado o milagre...
És que descobri que não existe magia, nem conto de fadas...
És que aqui só a dor
Um dor invisĂ­vel aos olhos
ImpossĂ­vel de ser detectada pelos aparelhos
Irreal... Mais que quando se ver caĂ­mos e estamos sentia-a

A maldita não a remédio que a cure
SĂł tende a aumentar
A expandir e se multiplicar

Mas ainda sim há uma voz a me chamar mãe! Mãe! Mãe! Ouço os soluções do choro...
Quero agarra- lo em meus braços
Mas a minha dor e maior e nĂŁo me deixar voltar....

Estou tomando as gotas do alĂ­vio!
O remédio do esquecimento
Me tornarei uma entre milhões que fizeram e faram o msm 
Serei há vírgula
E logo ,logo esquecida

Morte

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